Com meus pés descalços, piso nessa areia fria. Aprecio por um instante. Aprecio o exato momento em que começam a entrelaçar meu dedos. Meus frios dedos. Isso não seria possível se existisse apenas um grão de areia. A união, fez com que esse mundaréu de grãos invadissem meu espaço. Meu espaço? Enfim...Aos poucos, cobrindo os meus pés. Descalços. E acabo em pensamentos, que em outros momentos , eu não seria capaz de enxergar. Percebo que as coisas grandiosas, que os grandes nomes, a maioria deles talvez, começam assim. Como um grão de areia. Que cresce a partir do momento que se encoraja. Que vence a partir do momento que sabe o que quer. Percebo que não é por ser pequeno, que com uma pisada seja tão frágil, a ponto de se redistribuir em mil pedaços. Não quebra ! É pequeno. Sozinho, imperceptível. Parece tão fraco , não é verdade? Mas não, é forte!
Tão forte quanto este frio que agora sinto em todo meu corpo. Menos, nos meus pés. Estão cobertos, aquecidos. Claro que não se compara a um calor de uma lareira, ou até melhor,um amor de mãe. Mas o frio é tanto, que juntos, os grãos, aquecem meus pés. Olha, eles nem sabiam que eu existia! Continuando, tão forte quanto este vento. Ou melhor, este vendaval. Tão forte como esse mar bravio. Resumindo, surpreendente! E volto ao meu mundo real e percebo que não importa o quão pequeno seja. A força, o caráter, a determinação vem de dentro. Você pode mostrar coisas grandiosas, descobertas que até você próprio se surpreenderia. Montando o seu quebra-cabeça da vida, redescobrindo-se a cada segundo, você se torna a sua maior conquista. A grande vitória.
Não importa, o quão pequeno você seja, mas sim, o quão grande conhecimento você tem. Sobre si, e outros relatos da vida! Bem, e assim eu encerro. Redescobrindo-me a cada momento, com meus pés descalços!
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